A ÓPERA DE PEQUIM DOS PRIMEIROS 17 ANOS DA REVOLUÇÃO CHINESA (1949–1966)
DOI:
https://doi.org/10.52152/heranca.v6i2.642Palavras-chave:
Ópera de Pequim, Revolução Chinesa, Políticas artísticas, RevisãoResumo
O presente trabalho tem por objetivo uma análise à influência das políticas para a ópera de Pequim adotadas pelo governo encabeçado por Mao Zedong na encenação de peças do repertório tradicional (pré-1949), nomeadamente ao nível da trama e caracterização das personagens, argumentando que as políticas estabelecidas conduziram a uma revisão mais ou menos profunda de algumas obras de acordo com os novos valores e ideias a disseminar pelo Partido Comunista Chinês (PCC), não deixando, contudo, de manter um conjunto de elementos considerados “prejudiciais” como forma de retratar a condição humana na sociedade “feudal” chinesa. Numa primeira secção, será feita uma apresentação geral da ópera de Pequim, enumerando as principais características e desenvolvimento histórico até à primeira metade do séc. XX. Na segunda secção, apresentar-se-ão as medidas adotadas pelo PCC para a ópera ao longo dos primeiros dezassete anos da China Comunista, divididos em três períodos, cada um deles marcado por um slogan que ditaria a atitude a tomar para com a forma artística. Por fim, na terceira secção, será analisado o impacto destas políticas na revisão de duas peças: “Afronta ao Pai Tirano” (yuzhou feng) e “As Bodas de Niu Gao” (Niu Gao zhao qin).
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